domingo, 31 de janeiro de 2010

LIBERTÀ



A LIBERDADE

O ser humano é determinado?
Se o vôo livre do pássaro é uma ilusão, da mesma forma podemos dizer que incorremos em engano semelhante ao considerarmos capazes de liberdade absoluta...
Não há como negar que também o ser humano se acha preso a determinismo: tem um corpo sujeito as leis da física e da química, é um ser vivo que pode ser compreendido pela biologia.
No século XIX o filosofo francês Taine, discípulo de Augusto Comte afirmava que não somos livres, mas determinados pelo momento, pelo meio e pela raça.....
Herdeiros dessa visão determinista, Watson e Skinner, psicólogos contemporâneos da corrente comportamentalista, admitem que o ser humano tem a ilusão de ser livre, mas na verdade apenas desconhece as causas que atuam sobre ele. A ciência do comportamento conheceria de tal forma as motivações, que seria possível prever e portanto planejar o comportamento humano...
Além dos determinismo psicológicos, podemos acrescentar os culturais: ao nascer, encontramos um mundo já constituído e recebemos como herança a moral, a religião, a organização social e política, a língua, enfim, os costumes que de certa forma moldam a nossa maneira de sentir e pensar.

As condições da Liberdade
... Os defensores da liberdade humano consideram que não somos apenas o resultado inevitável da situação dada, porque, como seres conscientes, ao tomarmos conhecimento das causas que atuam sobre nós, somos capazes de realizar uma ação transformadora a partir de um projeto de ação. Deixamos de ser passivos para sermos atuantes.
É na ação, na prática, que se constrói a liberdade, a partir dos desafios que os problemas do existir apresentam no ser humano...
Exemplos nos ajudam a compreender a relação entre liberdade e determinismo: só curamos uma doença se descobrirmos suas causas; só construímos um prédio se respeitamos as leis da física; só fabricamos se conhecemos a lei da aerodinâmica.

Educar para a liberdade
... Ter autonomia, portanto, é ser capaz de deliberação, de organizar suas próprias regras...
A auto-determinação é o que mais radicalmente fundamenta a liberdade humana. Bem sabemos, no entanto, nem sempre os adultos atingem a verdadeira autonomia, que dependem de aprendizagem, mesmo porque autonomia não se confunde com individualismo. A vida moral não resulta de um automatismo mas do demorado descentramento do individuo que supera o egocentrismo infantil, em direção ao reconhecimento do outro – garantia da experiência adulta de reciprocidade, cooperação e solidariedade.

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