domingo, 18 de outubro de 2009

LIBERDADE

A LIBERDADE

O ser humano é determinado?
Se o vôo livre do pássaro é uma ilusão, da mesma forma podemos dizer que incorremos em engano semelhante ao considerarmos capazes de liberdade absoluta...
Não há como negar que também o ser humano se acha preso a determinismo: tem um corpo sujeito as leis da física e da química, é um ser vivo que pode ser compreendido pela biologia.
No século XIX o filosofo francês Taine, discípulo de Augusto Comte afirmava que não somos livres, mas determinados pelo momento, pelo meio e pela raça.....
Herdeiros dessa visão determinista, Watson e Skinner, psicólogos contemporâneos da corrente comportamentalista, admitem que o ser humano tem a ilusão de ser livre, mas na verdade apenas desconhece as causas que atuam sobre ele. A ciência do comportamento conheceria de tal forma as motivações, que seria possível prever e portanto planejar o comportamento humano...
Além dos determinismo psicológicos, podemos acrescentar os culturais: ao nascer, encontramos um mundo já constituído e recebemos como herança a moral, a religião, a organização social e política, a língua, enfim, os costumes que de certa forma moldam a nossa maneira de sentir e pensar.

As condições da Liberdade
... Os defensores da liberdade humano consideram que não somos apenas o resultado inevitável da situação dada, porque, como seres conscientes, ao tomarmos conhecimento das causas que atuam sobre nós, somos capazes de realizar uma ação transformadora a partir de um projeto de ação. Deixamos de ser passivos para sermos atuantes.
É na ação, na prática, que se constrói a liberdade, a partir dos desafios que os problemas do existir apresentam no ser humano...
Exemplos nos ajudam a compreender a relação entre liberdade e determinismo: só curamos uma doença se descobrirmos suas causas; só construímos um prédio se respeitamos as leis da física; só fabricamos se conhecemos a lei da aerodinâmica.

Educar para a liberdade
... Ter autonomia, portanto, é ser capaz de deliberação, de organizar suas próprias regras...
A auto-determinação é o que mais radicalmente fundamenta a liberdade humana. Bem sabemos, no entanto, nem sempre os adultos atingem a verdadeira autonomia, que dependem de aprendizagem, mesmo porque autonomia não se confunde com individualismo. A vida moral não resulta de um automatismo mas do demorado descentramento do individuo que supera o egocentrismo infantil, em direção ao reconhecimento do outro – garantia da experiência adulta de reciprocidade, cooperação e solidariedade.

Liberdades
A liberdade é um desafio que permeia todos os campos da atividade humana...
Alguns tipos de liberdade: ética, econômica, jurídica e política.
A liberdade ética diz respeito ao sujeito moral, capaz decidir com autonomia em relação a si mesmo e aos outros. No entanto a autonomia é um estagio nem sempre alcançado... Ser autônomo é um desafio que muitas pessoas não conseguem suportar... por isso há tantos que a ela renunciam, para se acomodarem na segurança das verdades dadas.
A liberdade econômica não deve ser confundida com a liberdade irrestrita nos negócios. A livre iniciativa, tão valorizada pelo capitalismo, funda-se na idéia de que as forças dos competidores se ajustam naturalmente no mercado e sempre vence o melhor...
Ao contrario dessa aparente liberdade que impõe hierarquia, a liberdade econômica autentica supõe uma atividade produtiva exercida com cuidado para que as relações de dependência entre as pessoas sejam de colaboração e não de competição desenfreada e nem de exploração de uns pelos outros.
A liberdade jurídica é uma das conquistas das modernas sociedades democráticas defensoras de igualdade perante a lei...
Enquanto a sociedade aristocrática cujos privilégios seriam garantidos pela herança familiar, a burguesia do século XVIII se insurgiu contra as vantagens da nobreza. Depois de implantados os ideais da Declaração dos Direitos Humanos que inspiraram a construção da ordem jurídica valorizada daí em diante, ninguém mais poderia ser submetido a servidão e a escravidão, qualquer um deveria ter a liberdade de locomoção, pensamento, agremiação e ação, nos limites estabelecidos pela lei. Apesar desses avanços, bem sabemos, nem todos acesso a lei de igual maneira...
Liberdade política se expressa no espaço publico ocupado pelo cidadão como participante dos destinos da cidade...
Além do conhecimento, é garantida liberdade de opinião, devoto, de associação, enfim do livre exercício da cidadania, com suas múltiplas formas de expressão...
É amadurecer para superar os interesses pessoais quando isso for importante para o bem coletivo e ao mesmo tempo impedir que a liberdade individual seja silenciada por um Estado totalitário...
Podemos concluir que a liberdade não é alguma coisa que é dada, mas resulta de um projeto de ação... ou quando nos próprios a ela abdicamos, seja por comodismo, medo ou insegurança...
Os grupos da sociedade civil são importantes como formadores de consciência e investigadores a ação coletiva no sentido de garantir a expressão dos diversos tipos de liberdade.
Cabe ao olhar atento dos cidadãos denunciar as formas de prepotência bem como a ação silenciosa da alienação e da ideologia.

domingo, 4 de outubro de 2009

A loucura Mental


Estamira e a loucura. Ou o que é a loucura?

Vou tentar responder rapidamente a uma pergunta que poucas pessoas que ainda gostam de compreender as coisas têm se feito, já que as ciências aplicadas, como psiquiatria, psicologia e antropologia, têm se restringido a retóricas em torno dos temas que abordam, à medida que se concentram em pequenas disputas de poder institucionais e preciosismos pessoais. A pergunta é: O que é a loucura? E, mais particularmente, o que é a loucura no Brasil?


Vou tentar responder usando um documentário muitíssimo instrutivo, de Marcos Prado, chamado Estamira, sobre uma mulher louca (oficialmente esquizofrênica) moradora de um lixão no Rio de Janeiro.


Para começar, esqueçam o lugar-comum: a crença mundialmente difundida de que a loucura é uma doença do cérebro, de nome esquizofrenia, e a crença de que quem dela entenderia seriam os psiquiatras ou profissionais da “saúde mental”. Alguns poucos, raríssimos profissionais, sim, ainda se esforçam para não serem apenas cegos num tiroteio, mas a maioria deles não entende nada sobre loucura. São apenas práticos, prescritores de remédios ou de terapias vazias, mas sem compreender a essência daquilo com o que lidam. Também os antipsiquiatras, psicólogos e antropólogos têm se convertido apenas em ilusionistas, ideólogos, às vezes bem intencionados, que querem salvar o mundo, começando pelos loucos, mas pouco entendendo daquilo a que se referem. Apenas tentam arregimentar seguidores, e muitas vezes conseguem. O Brasil é um país de messiânicos.


Quem atualmente estuda radicalmente a loucura se envolve com a junção de filosofia ontológica, antropologia filosófica e um pouco de antropologia social e de antropologia biológica, ou evolutiva, mas de um modo que não tem aparecido no academicismo brasileiro, e praticamente em academicismo algum, já que este tem se reduzido a disputas por bolsas, vaidades e dinheiro, com muito pouco além disso. Nesse percurso, a medicina tem sido entendida apenas como uma "ciência" com técnicas para fins específicos, porém com explicações falsas sobre o ser humano - embora acreditadas popularmente como verdadeiras (do mesmo modo como popularmente se acreditava em demônios e paraísos celestiais na baixa idade média - e ainda se acredita no Brasil). Ou seja, a visão psiquiátrica sobre loucura é, em essência, uma questão de fé. E as demais visões da psicologia e antropologias que se popularizaram, muitas vezes concorrendo com a visão psiquiátrica, nada mais são do que uma espécie de "reforma protestante" da psiquiatria - apenas dogmas alternativos, porém nada além de novos dogmas.


O Brasil é um país infestado de loucos em hospícios, nas ruas, amarrados em quartinhos de fundo de quintal, trancados nas delegacias ou estendidos nos IMLs. Mas muito pouco, por aqui (como tudo o mais), se discute seriamente (se é que dá pra levar discussões intelectuais a sério atualmente) o que vem a ser a loucura humana.


Curiosamente, fui surpreendido pelo documentário Estamira, que é justamente interessante por não apresentar voz de narradores ou especialistas da psiquiatria, da saúde mental, da psicologia ou da antropologia brasileira abrindo a boca para explicar o que estava sendo mostrado. O documentário é apenas a voz de uma louca se auto-explicando, e explicando o mundo que a fez ser como é, e no qual ela vive do jeito que é possível: bruta, enraivecida, solitária, sofrida, que prefere viver no meio do lixo, cercada de outros restos humanos como ela, do que com sua família; vendo o mundo como um lugar de violência, conspirações, barbaridades, falsidades, genocídio, em que cada um tem que ser seu próprio herói, seu próprio deus, seu próprio mito e seu próprio guia, auto-construindo seu próprio sentido de vida; porque tudo o mais além do que a própria pessoa pode inventar para si mesma são mentiras que a levarão no máximo a uma vala comum de indigentes, de bandidos ou de loucos humanizados, medicados e intolerados.


Sei que após a década de 1960 loucura passou a ser sinônimo de "rebeldia", de "transgressão", de "desbunde", de "porralouquice", e muitos bem-nascidos passaram a ter um certo prazer em se auto-denominar ou se exibir como loucos, diferentes, extravagantes, viajandões, rebeldes, etc. Mas não é a este deleite burguês que me refiro como loucura.


Também não me refiro aos "loucos-artistas", a associação tipicamente modernosa entre a loucura e a “arte", a contemplação estética burguesa, de vanguardas européias criando o estranho para chocar e para escandalizar, ou mesmo para se expressar existencialmente. Nem me refiro às ideologias que querem ver no louco, assim como em índios ou em quaisquer outras minorias, um ser de valor cultural que poderia salvar o decadente homem moderno de sua autodestruição. Nada, portanto, de dar pincelzinho pra meia dúzia de condenados, trancados em hospícios ou lugares similares, ficarem fazendo umas telas ridículas com as quais passam a ser ovacionados como “artistas”. Isso tudo quase nada tem a ver com a loucura dos milhões de loucos brasileiros que andam se arrebentando ou sendo arrebentados em sua loucura. Tem apenas a ver com utopias intelectuais e humanistas.


Estou aqui falando da loucura trágica, da loucura catástrofe, da loucura fim-de-mundo, da loucura que leva um sujeito a se desesperar e a viver em um mundo delirante próprio, solitário, correndo pelas ruas e rejeitando a vida com os demais seres humanos, e sendo ao mesmo tempo rejeitado por todos, como seres indesejáveis e insuportáveis. Loucura esta que a Estamira do documentário expressa aos berros, sem ter sido silenciada por drogas, caridade, psicologias, polícia ou assassinato - que é o fim que tem levado a maioria dos milhões de loucos reais desse país. Mas curioso é que, por ser o Brasil um país que não se civilizou, Estamira conseguiu escapar a todas essas armadilhas modernas para os inadaptados, sobrevivendo sem ser silenciada e ainda indo parar em um filme. Trágica contradição deste país moribundo: apenas no caos a loucura tem voz própria. A Alemanha não deixou nem mesmo Nietzsche continuar berrando audivelmente depois de ter se tornado oficialmente doido. Mas aqui os loucos conseguem fugir ao controle dos "normais".


Essa loucura real, de loucos reais, subumanos, e não dos desejosos de serem artistas ou transgressores em suas "modinhas" intelectuais, é a solidão extrema e total a que o ser humano pode chegar; é quando tudo que existe aos olhos de todos os outros deixa de fazer sentido, só restando à pessoa reinventar solitariamente seu próprio mundo, sua própria crença, seus próprios fantasmas, seus próprios ídolos míticos, sua própria identidade, a par de todos, diferentemente de todos os outros em suas ilusões compartilhadas coletivamente.


A Estamira do filme foi uma mulher brasileira comum até o período da vida em que a sucessão de atos típicos do caos nacional a levaram a não mais conseguir acreditar e sentir o mundo como ela fazia até então, com valores morais cristãos, acreditando em um Deus bom, protetor e coerente, sendo boa mãe, cordial, limpa, educada, contida e auto-controlada. Mas quando a realidade do caos ao seu redor desnudou todas essas suas fantasias morais e ilusões de um mundo que não mais existia, ela tornou-se uma pessoa sem "mundo" no qual acreditar: perdeu seus valores e suas ilusões necessárias à vida compartilhada com outras pessoas, e não conseguiu ter novas ilusões (crenças, ou sentidos para a vida), no lugar das anteriores. Ao contrário, em seu mundo anterior à loucura, a brutalidade real da vida brasileira não podia existir, e quando esta brutalidade foi escancarada em sua vida, sucessivamente, com estupros, violências e caos sem coerência, ela tornou-se uma pessoa sem um mundo dotado de sentido. Ela tornou-se um vazio existencial completo, um ser amorfo, com restos de identidades fragmentadas, com resquícios de valores morais contra os quais agora passava a lutar, por sabê-los irreais, com restos de crenças em Deus e coisas do tipo das quais agora tinha apenas raiva - por ter se descoberto uma pessoa enganada quanto a si mesma e quanto ao mundo real, brutal, caótico, genocida, no qual o ser humano não tem valor algum, a não ser em jogos de palavras hipócritas, com falsos humanismos – ou seja, o típico mundo da pobreza urbana brasileira, cercado de violênicia e de intelectuais humanistas.


Assim amorfa, aos olhos dos outros ela tornou-se louca, alguém a quem não se dá crédito, a quem não se compreende, com quem não se consegue compartilhar opiniões e crenças. Se lhe dessem ouvido, e se compreendessem o que ela fala, somado ao que falam os milhões de loucos brasileiros que não têm voz (por isso são loucos aos olhos dos outros), e sobre os quais não se faz filmes, viria à tona a realidade de um país e de um mundo de que a maioria da população não quer saber - preferindo todos continuar vivendo em seus estragados castelos de areia. Viria à tona um país brutal, catastrófico, apocalíptico, um povo se auto-destruindo e ainda tendo que se acreditar alegre, carnavalesco e humanista-cristão. Quem quiser ver este país, no entanto, basta apenas parar de assistir a Matrix, de jogar vídeo-game, de fumar maconha, e assistir a Estamira; e, principalmente, basta abrir os olhos e a mente para o que está ao seu redor - se conseguir. O Brasil apocalíptico de Estamira está escancarado. Pena que os cristãos e humanistas brasileiros vão apenas achar o filme bonito, com boa fotografia, com uma personagem cativante e digna de ser celebrada como pobre e excluída, por quem se deveria lutar ardorosamente por "inclusão social" e dignidade. Mas isto é apenas parte da ilusão dos que querem coletivamente continuar sonhando com um país que não existe e nunca existirá.

Transtornos


Transtornos Afetivos

A depressão, no sentido mais amplo, é um dos transtornos psicológicos mais comuns. É raro o indivíduo que não tenha tido um período disfórico com duração de algumas horas, dias ou mesmo semanas. Todavia, há uma enorme diferença entre o ubíquo blues* e um estado suicida de depressão psicótica. Esta diferença faz com que os terapeutas procurem estabelecer distinções diagnósticas que possuam validade preditiva e implicações no tratamento.
Distinções diagnósticas
Os esforços diagnósticos, desde o início deste século, têm considerado os transtornos depressivos como possuidores de diferentes fatores etiológicos, em alguns casos inclinando-se a uma predileção psicológica, e em outras situações inclinando-se a fatores sociais ou a origens biológicas (fisiopatologia genética ou neuroquímica).
As antigas dicotomias diagnósticas da literatura sobre distúrbios afetivos e revelarmos a sua limitada utilidade. A primeira delas é a divisão reativo-endógena. Depressão endógena referia-se a uma depressão com bases presumivelmente biológicas e sem acontecimentos desencadeantes evidentes, depressão reativa descrevia os indivíduos cuja depressão parecia ser o resultado de importantes acontecimentos de vida, como por exemplo a morte de cônjuge. Tanto os indivíduos com depressão "endógena" quanto aqueles com depressão "reativa" podem ter experienciado um sério acontecimento de vida antes do aparecimento da depressão.
Uma segunda distinção histórica é a depressão primário-secundária. A depressão primária era reservada para aqueles que não apresentassem um outro distúrbio psiquiátrico importante (particularmente esquizofrenia e alcoolistas. A distinção neurótica-psicótica é um remanescente da antiga posição etiológica que considerava o conflito psíquico como o fator causador de neurose. A confusão surgia quando o conflito "neurótico" ocorria simultaneamente com os estados declaradamente psicóticos.
Apresentação dos Sintomas depressivos
A disfunção sócio-ocupacional e os sintomas depressivos nem sempre estão diretamente relacionados. Alguns pacientes apresentam um quadro de sintomas bem marcados, mas permanecem produtivos em seu trabalho e não apresentam uma acentuada deterioração no funcionamento familiar. Em outros, ocorre uma redução da capacidade de trabalho antes que apareça um claro quadro de sintomas. Estas cariações individuais exigem que o terapeuta faça uma ampla avaliação de cada paciente com um transtorno afetivo potencial.
Os sintomas comuns da enfermidade depressiva:
1. Humor disfórico
2. Sentimentos de desesperança ou desamparo
3. Perda do prazer
4. Mudanças no apetite e/ou peso
5. Auto-atribuição
6. Redução do tempo total de sono associada à insônia inicial, média ou terminal
7. Retardo psicomotor
8. Dificuldades cognitivas
9. Culpa excessiva
10. Ruminação obsessiva
11. Energia reduzida
12. Ideação suicida
13. Preocupação narcísica com as funções do corpo
Depressão Maior
Critérios diagnósticos
A presença de humor disfórico é o principal critério para o diagnóstico da depressão. Outros sintomas afetivos podem incluir raiva, ansiedade e irritabilidade. O DSM-III-R exige a presença de pelo menos duas semanas:
1. Perturbações do apetite
2. Perturbações do sono
3. Lentificação ou agitação psicomotora
4. Perda de interesse ou prazer (anedonia).
5. Perda de energia
6. Sentimentos de desvalorização ou culpa
7. Idéias de suicídios
A depressão maior pode ser diagnosticada na presença de outros transtornos de personalidade, estados de ansiedade e transtornos de personalidade, estados de ansiedade e transtornos de ciclotimia e distimia. Se a depressão maior ocorre com uma história de epsódios maníacos ou hipomaníacos, a condição é chamada de transtorno bipolar. Transtorno unipolar refere-se aos indivíduos que apresentam episódios de depressão recorrentes.
1. Houver uma preocupação com delírios ou alucinações incongruentes com o humor.
2. Os sintomas forem sobrepostos à esquizofrenia ou a trantornos paranóides ou esquizofreniformes.
3. Os sintomas forem devidos a um transtorno mental orgânico ou a um luto.
Sub tipos da depressão maior
A depressão maior com melancolia é uma variante da depressão maior, caracterizada por uma acentuada perda da capacidade de prazer e pela presença de três dos seguintes critérios:
1. Distinta qualidade de humor deprimido.
2. Sentir-se pior pela manhã.
3. Acordar muito cedo de manhã
4. Acentuado retardo ou agitação psicomotora
5. Culpa excessiva ou inadequada
6. Anorexia e perda de peso
Depressão maior com psicose
1. Delírio congruente com o humor. Estes são delírios típicos do estado depreimido e estão em geral relacionados à baixa auto-estima, pobreza de pensamento e afeto, culpa, morte, nilismo ou castigo.
2. Alucinações de qualquer um dos sentidos podem ocorrer, embora sejam mais comuns as alucinções auditivas de uma única palavra ou de uma única frase, como uma voz dizendo "socorro" ou chamando o nome do paciente.
3. O estupor depressivo existe quando o paciente fica mudo e não-responsivo
Grande parte dos erros ao se diagnosticar a depressão maior como esquizofrenia deve-se ao fato de não acreditarmos que os indivíduos com depressão maior possam ser muito psicóticos.
Epidemiologia
O risco de desenvolver um episódio depressivo maior é de 3 a 12% para os homens e de 20 a 26% para as mulheres. O risco é maior nos indivíduos com um parente em primeiro grau que tenha um diagnóstico de depressão maior, transtorno bipolar ou alcoolismo. A idade média é de 20 anos.
Nas mulheres, o primeiro episódio de depressão frequêntemente ocorre no período dos primeiros seis meses após um parto.
Os fatores de risco para a depressão incluem a ausência de um relacionamento estreito e íntimo, a ocorrência de uma perda (por exemplo, a morte de um membro da família) e uma alto nível de introversão neuroticismo e dependência.
Evolução clínica
Uma depressão maior não tratada dura em média uns seis meses, embora alguns episódios possam ter uma duração menor. A recorrência é sempre uma possibilidade, embora 50% dos pacientes com depressão maior apresentem apenas um único episódio. Os fatores associados à recorrência incluem vários episódios recentes; contínua disfunção social apesar da melhora dos sintomas e não adesão ao tratamento.
O tratamento farmacológico modifica a severidade e a duração dos episódios de depressão maior, mas não reduz a freqüência dos episódios. O tratamento diminui claramente o risco de suicídio, que ocorre em mais ou menos 15% dos pacientes.
Critérios Diagnósticos
A ocorrência de períodos de emoção exaltada, elevada ou humor irritável, algumas vezes interrompidos por humor depressivo, é o critério diagnóstico principal para o diagnóstico do episódio maníaco. Hospitalização ou a presença de pelo menos três dos seguintes sintomas durante pelo menos uma semana:
1. Atividade aumentada
2. Mais falante que o habitual ou pressão para falar
3. Fuga de idéias
4. Auto-estima aumentada (grandiosidade)
5. Sono reduzido
6. Atenção diminuída
7. Julgamento empobrecido e exposição a sérios riscos
O episódio maníaco não pode ser diagnosticado se os sintomas estiverem associados à esquizofrenia ou a transtorno paranóide ou esquizofreniforme. O terapeuta precisa também excluir o transtorno mental tóxico ou orgânico como a etiologia destes sintoma.
O estilo interativo feliz, exaltado e gregário tenha-se tornado o esteriótipo do paciente maníaco, é comum a labilidade de humor, com rápidas mudanças para raiva ou tristeza. Eles ficam com raiva quando as pessoas reagem negativamente a eles e podem, às vezes, se tornar chorosos com essa má acolhida.
Epidemiologia
A privalência dos episódios maníacos varia de 0,4 a 0,9% em homens e em mulheres.
O auge do aparecimento do distúrbio bipolar fica em torno do final dos 20 anos. Os episódios apresentam recorrência de cada três a nove anos e o espaço de tempo entre os episódios diminui com a idade.
Evolução Clínica
Os episódios maníacos em regra duram de três a sete meses.
A maioria dos pacientes bipolar (não-tratados) experiencie de quatro a doze episódios de mania em sua vida, alguns pacientes bipolares chegam a apresentar quatro episódios por ano. São considerados de "cicladores rápidos" e têm sido menos responsivos ao tratamento com carbonato de lítio.
A depressão como o primeiro sinal de enfermidade física
A depressão geralmente está presente nos seguintes distúrbios: hipotireoidismo, sídrome de Cushing, aldosteronismo primário, doença de Addison, estágios iniciais da doença de Parkinsonm, doenças infecciosas crônicas, carcinoma do pâncreas, diabetes juvenil, lupus eritematoso, bem como em deficiências vitamínicas, como a pelagra, deficiência tiamínica e a anemi aperniciosa.
A depressão secundária à enfermidade física
A depressão é uma das formas mais comuns de reação ao desenvolvimento de uma enfermidade física. Dos fatores um papel nesta reação são: idade do aparecimento, grau de incapacidade, natureza da doença, a imagem corporal pré-mórbida do paciente e as mudanças na percepção do seu corpo. A depressão está geralmente associada à doença cardíaca.
Depressão e farmacoterapia
Embora aproximadamente 200 drogas específicas estejam implicadas como possíveis causas da depressão, apenas uns poucos agentes foram associados à depressão com certa frequência. São os seguintes: contraceptivos orais, drogas anti-hipertensivas e drogas psicotrópicas.
A depressão mascarada por queixas de enfermidade física
Uma depressão mascarada é aquela onde o paciente apresenta de um transtorno somático, e nega o humor depressivo.
Trizteza e Perda
A tristeza é a reação normal à perda. O luto refere-se ao processo através do qual a tristeza pe elaborda e a perda refere-se ao estado que acompanha o processo adaptativo que, quando realizado com sucesso, readquire a capacidade de desenvolver novos vínculos.
Transtornos Afetivos Sazonais
São menos enfermos do que a maioria dos depressivos, mas apresentam características em comum com aqueles da fase deprimida da enfermidade bipolar.
Depressão e Desmoralização
A desmoralização é uma condição na qual os indivíduos se sentem incapazes de provocar mudanças que possam melhorar o seu estado.
Transtornos de Personalidade e Transtornos Afetivos
Os transtornos de personalidade e os afetivos podem estar relacionados de várias maneiras: um determinado tipo de personalidade pode predispor a um transtorno afetivo, um estilo de personalidade pode ser uma sequela de um estado afetivo, não só os tipos de personalidade como também os transtornos afetivos podem ser o resultado de uma predisposição básica genética ou psicossocial, um transtorno de personalidade existirá somente quando o estado afetivo estiver presente.
Diagnóstico diferencial da depressão
O transtorno de ajustamento pode ser considerados se os sintomas parecerem estar relacionados a uma estressor psicossocial recente. Já o transtorno afetivo orgânico pode ser diagnosticado se houver evidência clínica de que um fator orgânico esteja causando o quadro sintomático. A esquizofrenia ou transtorno esquizofetivo podem ser considerados se o indivíduo apresentar sintomas psicóticos como delírios e alucinações. O que frequentemente imita a depressão é o transtorno de estresse pós-traumático. O transtornos de personalidade é assiduamente acompanhado por períodos de humor disfórico, intensos sentimentos de solidão e de vazio.
Diagnóstico diferencial da mania
A esquizofrenia é a entidade mais comum no diagnóstico diferencial da mania e a ausência de delírios de controle e as alucinações auditivas contínuas e complexas caracterizam ela. Já os transtornos mentais orgânicos são associados a condições tóxicas e médicas que podem imitar o estado maníaco. A psicose reativa breve pode também apresentar-se com os sintomas de mania. Os transtornos de personalidade limítrofe podem ser caracterizados pelos sintomas psicótico, comportamento errático e hipersexual e pelo juízo empobrecido.
Formato de entrevista para transtornos afetivos
Para a apresentação dos sintomas o terapeuta deve avaliar quando, como e se o paciente começou a reconhecer seus sintomas como anormais e buscou tratamento.
Como história do episódio atual o terapeuta deve examinar todos os sintomas comuns à mania e à depressão e estabelecer uma cronologia.
A cronologia dos episódios afetivos deve ser examinada juntamente com os tratamentos anteriores e as respostas a tratamento.
Com relação a história familiar o terapeuta deve perguntar ao paciente se há, em sua família, uma história que inclua qualquer uma das entidades do "espectro depressivo".
São decisivos o estilo adaptativo do paciente e seus relacionamentos da infância à idade adulta, como história do desenvolvimento. Para a história social devem ser investigados os relacionamento s sociais atuais do paciente.
É útil na verificação da história e também na avaliação do potencial familiar para oferecer apoio e da disposição para participar de um terapia familiar, a entrevista familiar.

seres...


Imagem do site:
http://www.danielhercos.com.br/brasil.htm

sábado, 3 de outubro de 2009

Loucura


...Depara-se a vida num profundo silêncio...um vazio imenso depara a alma, na lama inquieta, areia movediça...o ruido da voz assombra a mente...quer dizer, falar que cala, há algo da angústia secreta, há um silencio na fala, não há palavras que se possa expressar, é solidão, angústia de um desespero, busca-se na clínica o sentido, é desabafo, é fala pronunciada é gesto colocado.
É um ser humano, profundo e vazio,uma voz que fala baixo, uma saudade que consome. O tempo...
fica o tempo!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

conta-se...

Dona Beja,sempre muito invejada,principalmente por mulheres de toda região de Araxá,despertava muito ódio por onde passava.

Ana Jacinta de São José,dona de uma beleza extraordinária,foi muito admirada e comparada ao delicado beija-flor,surgindo de tal asssociação o apelido DONA BEJA.

Certo dia,recebeu em sua casa uma caixa com um bilhete dizendo ser um presente que muito a identificasse.Quando a caixa foi aberta,notou-se que dentro havia:PEDAÇOS DE CARNE PODRE,TERRA DE CEMITÉRIO,FEZES HUMANAS.

Mesmo assustada com tal atitude,ordenou que um de seus empregados fosse até o jardim colher AS MAIS BELAS E PERFUMADAS ROSAS,LICORES DOS MAIS FINOS SABORES, DELICIOSOS QUITUTES,e que mandasse ao mesmo remetente que lhe enviara a caixa.

O empregado inconformado perguntou o por quê daquela atitude,já que o presente não foi um dos melhores(que diríamos o PIOR) já recebido.

Mas ela disse:"CADA UM DÁ O QUE SE TEM.TEMOS QUE SER NÓS MESMOS COM OS MESMOS VALORES E ATITUDES QUE POSSUÍMOS PERANTE QUALQUER SITUAÇÃO E INDEPENDENTE DE QUALQUER OFENSA,POR MAIS HUMILHANTE QUE ESSA POSSA SER.
JAMAIS DEIXAREI QUE MINHA FELICIDADE SEJA CONDUZIDA PELA MÃO ALHEIA,MINHA FELICIDADE NÃO DEPENDE E NUNCA DEPENDERÁ DO OUTRO,TAMPOUCO DEIXAREI DE TRATAR DE FORMA AMOROSA E CORDIAL AS PESSOAS QUE TANTO ME INVEJAM...

"DONA BEJA"

domingo, 20 de setembro de 2009

By. Momentos...


** "Pros erros há perdão;
Pros fracassos, chance;
Pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando,
vivendo que esperando,
porque embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu." (Luis Fernando Veríssimo)


Sabemos como é a vida: num dia dá tudo certo e no outro as coisas já não são tão perfeitas assim. Altos e baixos fazem parte da construção do nosso caráter. Afinal, cada momento, cada situação, que enfrentamos em nossas trajetórias é um desafio, uma oportunidade única de aprender, de se tornar uma pessoa melhor. Só depende de nós, das nossas escolhas. Não sei se estou perto ou longe demais, se peguei o rumo certo ou errado. Sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma diferente. Já não caminho mais sozinho, levo comigo cada recordação, cada vivência, cada lição. E, mesmo que tudo não ande da forma que eu gostaria, saber que já não sou o mesmo de ontem me faz perceber que valeu a pena

Pensamento...


Não sou amigo de todos, não concorro ao big brother, nem sou adorado por todos! Sei ser homen e sei ser muleque. Sei andar de carro e com os pés no chão...
As pessoas têm o direito de não gostar do meu jeito, mas às vezes gostam tanto que querem ser igual.
Não guardo magoa, nem raiva de ninguém que esteja “verdadeiramente” na minha vida...
Sei o que é distância!Até então, tudo pra mim estava perto, bastava querer.
Hoje vejo que não é bem assim... Existe um lugar chamado “longe” e as pessoas que mais amamos sempre acabam indo embora. Sei viver, amar, conquistar e abrir a mão de tudo quando quero. Sei falar no ouvido e gritar para o mundo ouvir.
Sei odiar e principalmente perdoar.
Perdôo aos outros e a mim.Todos merecem uma segunda chance, mas nunca uma terceira.
Mudo de opinião, mas não de princípios, quem me encontrar daqui há 10 anos conseguirá me reconhecer.
Sou feliz e luto pelos meus sonhos.
Aproveito tudo que a vida me oferece sendo apenas EU!
Sou o querido e o chato, o meigo e o estúpido, o quieto e o tagarelo, a cabeça dura e a maleável, o curioso e o medroso, o mimado e o independente, o de lua e o normal, o feliz e o triste, o ciumento e o seguro, o estressado e o sossegado, o carinhoso e o indiferente.
Enfim, não sou qualquer cópia, sou ÚNICO. ●๋•


"Há pessoas, que querem ser bonitas para chamar a atenção, outras, desejam a inteligência para serem admiradas.
Mas há algumas, que procuram cultivar a Alma e os Sentimentos!!!
Essas alcançam a admiração de todos, porque além de belas e inteligentes, tornam-se realmente PESSOAS!!! "

" A felicidade às vezes se encontra no final das tristezas e decepções que o destino nos reserva, por isso, nunca desista de lutar por aquilo que você quer, principalmente pela sua felicidade, sua vida e as pessoas que você ama. Faça de sua vida um caminho diário da procura de quem te procura. Saiba que tentar outra vez não é sofrer de novo, mas sim uma forma de lutar e vencer, apesar de tudo."

...Conhecimento é a única virtude e ignorância é o único vício...

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"Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades,teria ouvido as verdades que eu insisto em dizer brincando.Falei muitas vezes como um palhaço,mas nunca desacreditei na platéia que sorria”
(Chaplin).........

o nada e o tudo


SOU UM POUCO DO NADA, O RESTO DO TUDO, A ILUSÃO CRIADA NA MINHA PRÓPRIA MENTE ONDE EU POSSO SER O QUE QUISER SEM OUVIR NÃO OU SIM ONDE EU SOU EU.. E AI ENTÃO PRA ME ENTENDER ME TORNO CEGO, SURDO E MUDO E NO MEU SILÊNCIO INTERNO E EXTERNO, NO ESCURO QUE MEUS OLHOS PERDIDOS ESTÃO;ME ENCONTRO. ERA ROCHA FUI TRANSFORMADO EM PÓ E LANÇADO AO VENTO.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Existe Felicidade?

A felicidade é uma constante busca na vida de qualquer ser humano, como objetivo principal da existência muitas pessoas tentam encontra-la a qualquer custo, a qualquer preço.
Ao refletir sobre a temática, cabe uma questão. Existe realmente felicidade? Quem não almeja ter um lugar calmo para repousar sem preocupações com datas, prazos, horários, contas, doenças e tudo mais que é inerente à existência humana? Ora, se felicidade existisse, de verdade, em sua plenitude, nós seres humanos, não teríamos razões para existir.
Felicidade não existe. O que existe são momentos felizes, visto que na vida, muitas vezes, em nosso trajeto nos deparamos com adversidades, dificuldades, lamentações e sofrimentos que apesar de não serem os mais desejados, também ajudam-nos a desenvolver, crescer e aprender a lidar com as diversas situações. Afinal, nosso caminho é incerto. Sabemos que o vento, o ar, é o sopro que nos invade no momento do nascimento, e é também aquele que se esvai quando se finda a existência.
A busca pela felicidade é vendida pela mídia, pela cultura, pelos países de primeiro mundos (os quais vale ressaltar, não são nem de longe exemplos a serem seguidos). Muitas pessoas buscam a felicidade consumindo, outras se anestesiam através dos vícios e compulsões para um pequeno contato com a tal “Felicidade”, outros ainda, sustenta a idéia de que felicidade é estar nos padrões das “celebridades”, ou melhor, da imagem de perfeição que estas pessoas vendem. Outras pessoas acabam levando a vida presa em lembranças do passado, e outras gastam tanto tempo planejando o futuro que se esquecem de estar presente no presente.
A vida tem se tornado cada vez mais superficial. A busca constante pelo mito da felicidade tornou-se uma busca vazia, afinal, quanto mais se tem momentos felizes, mais se quer ter.
Uma questão importante e que quase nunca é feita pelas pessoas, talvez pelo medo de entrarem em contato com uma parte de si que não conhecem é: Qual o sentido da minha vida? Ou Qual o significado de minha existência?
Questões profundas, mas fundamentais a existência humana. Será que existe felicidade em uma vida sem sentido? Com certeza não. A cultura em que vivemos hoje prima por uma utópica felicidade baseado em fantasias inatingíveis. Ora, se não consigo “ser feliz” comigo, se não posso me aceitar, como poderei com os outros? E a perfeição? Existe? Também não. Enquanto muitos padecem tentando atingi-la sem êxito, afinal se perfeitos formos, perderíamos a condição una. A de ser humano. Buscar a perfeição é tão utópico quanto à felicidade. Não se pode buscar o inatingível.
A sociedade padece cada dia mais por focar as atenções àquelas questões que se pararmos para pensar por um momento, se entrarmos em contato com a própria essência, podemos com certeza entender que para todos os nossos questionamentos, basta-se visitar as profundezas da alma, pois a resposta está dentro de cada um de nós.
As relações atualmente estão superficiais, as pessoas também, isto por uma falta de sentido na vida, e uma falta de não aceitar aquilo que não é perfeito. Se não lidarmos com nossas próprias limitações e aceita-las, como o faríamos para aceitar no outro?
Em seu livro “O Manifesto Comunista”, Karl Marx fez uma colocação interessante e que se remete ao atual momento em que vivemos, dizia ele que a família havia sido coberta pelo véu do capitalismo, reduzindo assim, os laços afetivos, limitando-as a relações de interesses.
Outra questão que pode ser colocada é o fato de as pessoas não conseguirem ficar só consigo mesmas. Muitas vezes para tapar os buracos da alma, as carências, os temores, as angustias de estar só, as pessoas acabam por usar outras como escudos contra a solidão. Será tão penoso entrar em contato com nosso lado sombrio? Aceitar que temos sentimentos, afetos e emoções que erroneamente são classificados pelos binômios certo x errado. Essa noção de certo e errado, de valores, de moral, acaba por criar o sentimento de culpa, de obrigação nas pessoas.
Quem sabe um dia, os indivíduos possam se aceitar em sua condição única e singular e serem livres de convenções sociais, e buscar em si mesmo, a sua verdade, o seu prazer, a sua essência e se libertar das amarras que as levam a vagarem sem sentido pela trajetória da vida. Deve se pensar no necessário e no fundamental, pois, muitas vezes, os melhores momentos de nossas vidas, os maiores prazeres estão em gestos simples, mas que nos dão a sensação de completude, de totalidade.

domingo, 13 de setembro de 2009

O MITO DA CAVERNA


Imaginemos homens que vivam numa caverna cuja entrada se abre para a luz em toda a sua largura, com um amplo saguão de acesso. Imaginemos que esta caverna seja habitada, e seus habitantes tenham as pernas e o pescoço amarrados de tal modo que não possam mudar de posição e tenham de olhar apenas para o fundo da caverna, onde há uma parede. Imaginemos ainda que, bem em frente da entrada da caverna, exista um pequeno muro da altura de um homem e que, por trás desse muro, se movam homens carregando sobre os ombros estátuas trabalhadas em pedra e madeira, representando os mais diversos tipos de coisas. Imaginemos também que, por lá, no alto, brilhe o sol. Finalmente, imaginemos que a caverna produza ecos e que os homens que passam por trás do muro estejam falando de modo que suas vozes ecoem no fundo da caverna.Se fosse assim, certamente os habitantes da caverna nada poderiam ver além das sombras das pequenas estátuas projetadas no fundo da caverna e ouviriam apenas o eco das vozes. Entretanto, por nunca terem visto outra coisa, eles acreditariam que aquelas sombras, que eram cópias imperfeitas de objetos reais, eram a única e verdadeira realidade e que o eco das vozes seriam o som real das vozes emitidas pelas sombras.Suponhamos, agora, que um daqueles habitantes consiga se soltar das correntes que o prendem. Com muita dificuldade e sentindo-se freqüentemente tonto, ele se voltaria para a luz e começaria a subir até a entrada da caverna. Com muita dificuldade e sentindo-se perdido, ele começaria a se habituar à nova visão com a qual se deparava. Habituando os olhos e os ouvidos, ele veria as estatuetas moverem-se por sobre o muro e, após formular inúmeras hipóteses, por fim compreenderia que elas possuem mais detalhes e são muito mais belas que as sombras que antes via na caverna, e que agora lhes parece algo irreal ou limitado. Suponhamos que alguém o traga para o outro lado do muro. Primeiramente ele ficaria ofuscado e amedrontado pelo excesso de luz; depois, habituando-se, veria as várias coisas em si mesmas; e, por último, veria a própria luz do sol refletida em todas as coisas. Compreenderia, então, que estas e somente estas coisas seriam a realidade e que o sol seria a causa de todas as outras coisas. Mas ele se entristeceria se seus companheiros da caverna ficassem ainda em sua obscura ignorância acerca das causas últimas das coisas. Assim, ele, por amor, voltaria à caverna a fim de libertar seus irmãos do julgo da ignorância e dos grilhões que os prendiam. Mas, quando volta, ele é recebido como um louco que não reconhece ou não mais se adpata à realidade que eles pensam ser a verdadeira: a realidade das sombras. E, então, eles o desprezariam....

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Confira os artigos de Renato Ferreira no site de Carmo do Cajuru

Confiram...






Renato Ferreira






  • Presença marcante no Rio de Janeiro, cultura e arte no Centro de Cultura Carioca ao lado de sua grande parceira Marina Lima.




  • Marca presença na noite de autógrafos em São Paulo, ao lado de Celebridades no dia 28 de outubro de 2008.



  • Confira! Renato Ferreira Participa em outubro do Desfile da Moda Mundi no Rio de Janeiro ao lado de Marina Lima.

by: Renato Ferreira


Nossas Loucuras


Quantas loucuras impelem nossa vida...loucura na condição de ápce...loucura nas palavras e atitudes...loucura...

a tarde já no poente queremos saber...antes que a noite venha....

antes do dia partir...queremos saber....a angustia freudiana....o comportamento de skiner....queremos saber....


diga-me enquanto corro...fala-me apenas uma palavra...no domingo que rompe a tarde diga-me...

moras loucura em mim...moras loucas em ti!!!

corro na direção de quem eu fujo.


renato Ferreira

Mensagem


Quando o amor chamar, aceitem seu chamado, mesmo que o caminho seja duro, difícil. E quando suas asas se abrirem, entreguem-se, mesmo que a espada que está ali escondida termine provocando ferimentos. E quando o amor disser algo, acreditem, mesmo que sua voz destrua seus sonhos, como o vento do norte devasta os jardins. Porque o amor glorifica e crucifica. Faz crescer os ramos, e os poda. Tritura os homens, até que estejam flexíveis e dóceis. Os queima em fogo divino, para que possam converter-se em um pão sagrado, que será consumido no banquete de Deus. Entretanto, se tiverem medo, e quiserem encontrar no amor apenas a paz e o prazer, melhor que se afastem de sua porta, e procurem outro mundo, onde poderão rir mas sem toda alegria, e poderão chorar mas sem usar todas as lágrimas. O amor não dá nada e não pede nada além de si mesmo. O amor não possui nem é possuído - porque ele se basta. E não tentem dirigir o seu curso: porque se o amor achar que são dignos, ele os dirigirá até onde devem chegar.

A FELICIDADE


Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.A razão de ser da sua vida é você mesmo.A sua paz interior deve ser a sua meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe dentro de si. Pare de pensar mal de si mesmo, e seja o seu próprio melhor amigo, sempre!







Sou feito dos bons momentos...Daqueles bem aproveitados, sabe!... ...Eu quero...Eu posso...Então FAÇO... ...Já dizia a Iyanla, "A VIDA VAI DAR CERTO PRA MIM"...e esta dando...rsrs... ...As minhas loucuras são sadias e não tem maldade... ...Sou como diz Mario Quintana, "a maçã no topo da arvore", entende!... ...Aquele ser andrógeno...surreal...totalmente extravagante com os seus objetivos... ...Também feito daquelas extravagâncias que so eu sei fazer e das faces que apenas EU consigo incorporar... As minhas prerrogativas são claras...SER FELIZ SEMPRE... ...aos assuntos profissionais...ESTOU MUITO BEM... ...aos assuntos amorosos...eles estão em choque...mas como diz Iyanla "UM DIA MINHA ALMA SE ABRIRÁ POR INTEIRO...enquanto o amor não vem...

Adote uma nova atitude.


Diz a sabedoria antiga que ninguém é dono da nossa felicidade, por isso não devemos entregar a nossa alegria, nossa paz, nossa vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.
Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão de ser da nossa vida é cada um individualmente. A nossa paz interior deve ser a nossa meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe dentro de si. Pare de pensar mal de si mesmo, e seja o seu próprio melhor amigo, sempre!
Quando a pessoa não se ama, ela se sujeita a qualquer tipo de relação para ter alguém ao seu lado, tornando-se dependente de relações destrutivas e não conseguindo forças para sair delas. Vale lembrar que esse processo acontece inconscientemente. A pessoa não tem consciência do por que está agindo assim, apenas sente o sofrimento que pode se expressar em forma de angústia, dor no peito, choro, pesadelos, vazio, agressividade, depressão, punição, doenças.
Culpam os outros pelos próprios erros, encaram todas as críticas como ataques pessoais e tornam-se dependentes de relações doentes. O maior indicador de uma pessoa com baixa auto-estima é quando sente intensa necessidade de agradar, não consegue dizer "não", busca aprovação e reconhecimento por tudo o que faz, sempre querendo se sentir importante para as pessoas, pois na verdade, não se sente importante para si mesma. Com isso, se abandona cada vez mais.
Aqueles com elevado amor-próprio em geral atraem pessoas com a mesma característica, gerando uniões saudáveis, criativas e harmoniosas. Já a baixa auto-estima acaba atraindo ou mantendo relacionamentos destrutivos e dolorosos. Quando há amor-próprio não se deixa envolver nem manter relações destrutivas. Há também uma relação direta e muito importante entre desempenho profissional e auto-estima, mas esse é outro assunto.
O amor próprio influencia tudo que fazemos, pois é o resultado de tudo que acreditamos ser, por isso o autoconhecimento é de fundamental importância para aumentar a auto-estima. Ou seja, confiar em si mesmo, ouvir sua intuição, acreditar em sua voz interior, respeitar seus limites, reconhecer seus valores, expressar seus sentimentos sem medo, sentir-se competente, capaz e se tornar independente da aprovação dos outros, tudo isso faz com que a auto-estima se eleve. Mas é um processo gradativo que exige trabalho e conscientização.
Na verdade, todos estamos à procura de amor. E esse sentimento ainda é o que rege tudo o que buscamos, fazemos e somos.
Que tal olhar no espelho e perguntar: Como eu quero ser a partir de hoje?
Adote uma nova atitude: mude-se!

O VERDADEIRO AMOR

Dedico este artigo a todos aqueles que amam a vida e que sabem fazer de um pequeno instante um grande momento, não permitindo que a saudade do seu ontem e a insegurança do seu amanhã, atrapalhem a felicidade do seu hoje.
O amor é fundamental em todas as relações e atividades profissionais. Aquele que ama a profissão está destinado ao sucesso, pois em tudo que há amor há o dedo de Deus.
Não se pode confundir amar com possuir. Amar é antes de tudo Ter confiança. O ciúme excessivo só atrapalha as relações e causa sofrimento. O amor traz uma sensação de liberdade que jamais pode ser tomada ou apagada.
Convido você a viajar em uma reflexão a mitologia onde me lembro sempre das aulas que tive com o Pe. Gabriel Bessa. Eros do Deus do amor, invencível no combate; Eros, tu que consomes as riquezas(...) De ti nenhum dos imortais é capaz de fugir, nenhum dos homens que só duram um dia. Aquele que te possui enlouquece.
Eros (ou Cupido), é um dos personagens mais complexos da mitologia. Ele personificava todos os sentimentos ligados ao amor e ao desejo, inclusive a paixão física; considerado um menino travesso e caprichoso, dotado de asas e armado de arco e flechas, é o mais jovem dos deuses. As flechas que atira têm a propriedade de deixar o coração dos mortais e dos imortais completamente inflamados de amor.
Dentre vários pensadores antigos da filosofia podemos recordar o pensador chamado Platão o que mais se dedicou a debater o Amor, chegando mesmo a torná-lo um dos pontos centrais de sua construção filosófica. Platão parece mostrar que a ciência não resulta apenas de um esforço ordenado da inteligência: é também obra do Amor.
A análise do Amor situa-se entre as mais esplêndidas análises que Platão nos deixou. O Amor não é belo nem bom, mas é sede de beleza e bondade.
O Amor é "filo-sofo" no sentido mais denso do termo. A sophia, ou seja, a sabedoria, é algo que só Deus possui; a ignorância é propriedade daquele que está totalmente distante da sabedoria; a "filo-sofia", ao contrário, é apanágio daquele que não é nem ignorante nem sábio, daquele que não possui o saber, mas a ele aspira, daquele que sempre busca alcançá-lo, percebe que ele lhe foge novamente para que, como amante, continue a procurá-lo.
O que os homens comumente denominam amor não representa senão pequena parte do verdadeiro amor: o verdadeiro amor é desejo do belo, do bem, da sabedoria, da felicidade, da imortalidade, do Absoluto. O Amor dispõe de muitos caminhos que conduzem a vários graus de bem (toda forma de amor é desejo de possuir o bem definitivamente). O verdadeiro amante, porém, é aquele que sabe percorrer esses caminhos até o fim, até chegar à visão suprema, ou seja, até chegar à visão do belo absoluto.
O Amor é também o que produz paz entre os homens, e no mar bonança, repouso tranqüilo de ventos e sono na dor.
É ele que nos tira o sentimento de estranheza e nos enche de familiaridade; pródigo de bem-querer e incapaz de malquerer; propício e bom; contemplado pelos sábios e admirado pelos deuses; invejado pelos desafortunados e conquistado pelos afortunados; do luxo, do requinte, do brilho, das graças, do ardor e da paixão.
Sócrates outro pensador da filosofia no entanto, critica nos elogios anteriores a preocupação exclusiva da aparência, em detrimento da realidade. Como concorrentes, os oradores agiram como se a máxima beleza dos seus discursos fosse uma conseqüência da máxima beleza atribuída ao Amor.
Portanto, nunca deixe de amar porque se não ama, não conhecestes a beleza de viver! Somente quem ama VIVE!

Renato Ferreira, graduado em filosofia, graduando em psicologia e teologia, membro do PHV, Hospital São João de Deus.

 
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